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TESTAGEM

 


O aconselhamento pré e pós-teste
na testagem do HIV

 

Como utilizar os guias :

A Organização Mundial da Saúde (1) e a maior parte dos paises do mundo recomendam que toda prescrição do teste seja acompanhada de aconselhamento.

A pessoa que pratica o aconselhamento pode se servir destes guias como " lista de checagem " de temas a serem abordados durante as entrevistas e como ficha de sítese dos elementos recolhidos.

Lembremos aqui, que o aconselhamento pode ser efetuado por médicos, enfermeiras ou ainda, como em muitos países da Africa, por atores associativos soropositivos ou não, formados para este tipo de entrevista
.

 

Objetivos do aconselhamento pré e pós -teste :

Objetivos do aconselhamento pré-teste

  • Apresentação mútua, apresentação dos objectivos das entrevistas pré et pós-teste indicando quanto tempo dura a entrevista.
  • Perguntar à pessoa o que a leva a vir hoje.
  • Ajudar a pessoa a identificar seu nível de exposição a um ou vários riscos, assim que os contextos (relações, uso de álcool, uso de drogas, experiências negativas).
  • Verificar os conhecimentos da pessoa sobre os modos de transmissão e de prevenção, assim como sobre o teste.
  • Avaliar com a pessoa seu grau de exposição ao risco HIV.
  • Ajudar a pessoa a analisar as estratégias de prevenção jà utilizadas por ela .
  • Explorar o impacto de seu ato ( fazer o teste) sobre as pessoas que estão em sua volta.
  • Antecipar as emoções ligadas aos resultados.
  • Pedir que a pessoa avalie as vantagens e desvantagens de seu ato.
  • Ajudar a pessoa a tomar ou confirmar sua decisão.
  • Indicar para a pessoa todos os números úteis que ela poderá precisar durante a espera dos resultados (associações…)
  • Preparar, com a pessoa, o próximo encontro, indicando os objetivos e o conteúdo do pós-teste

aconselhamento pré-teste 152 ko

Objetivos do aconselhamento pós-teste positivo (no momento de anúncio de um resultado sorológico positivo)

  • Dar o resultado.
  • Deixar o tempo para a pessoa exprimir suas emoções (modelo de intervenção de crise).
  • Assegurar-se que a pessoa compreendeu o resultado.
  • Avaliar as necessidades imediatas da pessoa (apoio médico, social, pessoal, administrativo, financeiro).
  • Informar a pessoa sobre as estratégias terapêuticas existentes.
  • Identificar os problemas imediatos que se apresentam ou vão surgir nas próximas 24horas.
  • Avaliar o que a inquieta mais (a quem ela gostaria de contar ? A quem ela pensa que deveria falar ?).
  • Validar seus sentimentos e emoções e ajudá-la a antecipar as diferentes fases da experiência da soropositividade.
  • Identificar com ela todas as dificuldades eventuais que ela antecipa e examinar concretamente os meios para resolvê-las.
  • Em função dos dados recolhidos na avaliação da situação da pessoa, informar-lhe sobre os meios possíveis que ela possa usar para evitar uma recontaminação ou reduzir a transmissão da infecção pelo HIV.
  • Examinar com a pessoa todos os recursos que ela dispõe para enfrentar a situação (companheiro(a), família, círculo próximo, números telefônicos de ajuda).
  • Ver com a pessoa se ela precisa de ajuda para comunicar ao seu/sua companheiro(a).
  • Colocar a disposição da pessoa os recursos da rede existente criada pelo centro de testagem (assistentes sociais, médicos hospitalares, psicólogos, associações, grupo de discussão, números telefônicos de ajuda).

aconselhamento pós-teste positivo 140 ko

Objetivos do aconselhamento pós-teste negativo (no momento do anúncio de um resultado sorológico negativo)

  • Dar o resultado.
  • Verificar a compreensão do resultado.
  • Perguntar a pessoa o que ela pensa e o que ela sente (para quem ela vai contar ? Como ?).
  • Examine com ela os meios que ela pensa utilizar para poder continuar soronegativa.
  • Retome o que foi visto com ela na entrevista de pré-teste (contexto, avaliação dos riscos).
  • Discutir e explorar profundamente todo procedimento de prevenção apresentado pela pessoa (intenções, grau de experiência ou não, problemas encontrados anteriormente na utilização deste meio, antecipar eventualmente as dificuldades, alternativas e soluções consideradas…).
  • Ajudar a pessoa a criar ou confirmar um plano individualizado de redução de riscos (usar um script de redução de riscos adaptado a sua situação).
  • Dar o endereço das associações e toda informação útil sobre prevenção (folders, panfletos…).
  • Marcar, eventualmente, um outro encontro e indicar o conteúdo deste encontro e as coisas a serem feitas pela pessoa.

aconselhamento pós-teste negativo 135 ko

.

Para saber mais sobre o tema do aconselhamento pré e pós-teste de testagem :

"O ato de realizar um teste é uma ato de alta incidência psicológica : ele coloca a pessoa em situação de adquirir um conhecimento sobre ela mesma sem que, em compensação, ela possa controlar os efeitos psicológicos e as conseqüências em sua vida pessoal. O conhecimento de seu estado sorológico é uma forma de conhecimento de si mesmo que confronta a pessoa, de maneira particular, a uma esfera de sua vida íntima colocando-a face à face ao estado de sujeito biológico, abalado ou não em sua capacidade de ser vivo. Diferente das outra patologias, a transmissibilidade no âmago da infecção ao HIV, desaloja a pessoa de sua intimidade par colocá-la no centro da esfera pública. Levando-a à se questionar, de maneira radical, sobre o que constitui o núcleo de sua relação aos outros.

Os modos de transmissão desta infecção e seus meios de prevenção, têm em particular o fato de que eles exigem da pessoa um tempo de elaboração do que, habitualmente, se situa e se constrói no âmbito do impensável e do indizível : na esfera das trocas individuais ou coletivas (contatos corporais, modos de relações e trocas sexuais, representação dos produtos biológicos).

Este ajuste brutal do que compõe as formas de uso e de troca dos corpos, necessita um trabalho análogo à um desvendar em várias etapas : corpo percebido, corpo afetado, corpo controlado. O " corpo idéal " da prevenção, na medida em que ele se apresenta sob a forma de um corpo dominado, envia a pessoa às difficuldades de prevenção, à sua falibilidade, e é freguentemente a origem das reações de impotência, incapacidade, raiva, adversão ou de medos oriundos do pedido ou da aceitação da proposta do teste. (...).

No que diz respeito ao profissional de prevenção e ao que diz respeito ao " cliente ", a força dos afetos em jogo no processo de testagem, demanda a criação de uma instância que assegure uma função de " continente " (aceitação, escuta, compreensão empática), ao mesmo tempo, apaziguadora (redução dos medos, da ansiedade) e mobilizadora de uma atenção ao outro, englobando o sujeito que maneja a vida e o "vivível". Os temas evocados durante as entrevistas antes do teste e no momento do anúncio dos resultados, pelo fato que eles provocam associações racionais entre a sexualidade, a morte, o risco, o sangue, a doença, a temporalidade (tempo de soroconversão), provocam uma desordem emocional evidente que se traduz em uma ansiedade durante o tempo de espera dos resultados, uma inibição (impossibilidade de compreender o prazo para soroconversão), uma indecisão ( diante do teste), pelo surgimento de condutas fóbicas (medo de todo contato), por uma excitação excessiva (sexualidade para lutar contra a angustia de morte), por condutas de repetição (multi-testes), por condutas ordálicas (correr riscos durante a espera dos resultados ou do anúncio dos resultados negativos). Neste sentido, a entrevista realizada para o anúncio dos resultados é um momento resolutivo, permitindo a pessoa de reunificar o que a processo mesmo do teste e a prevenção clivaram e dissociaram

A níveu da prática do aconselhamento, compreende-se melhor a importância da maneira de receber e atender nos centros de testagem, principalmente porque o clima ligado a acolhida do " cliente " deve ser completado com o anonimato garantido. A organização material da espera que precede as entrevistas ou a retirada do sangue, são elementos determinantes na construção da relação de escuta. A possibilidade de assistir vídeos, a presença informal ou formal de um profissional na sala de espera, evidenciam a necessidade de disponibilizar um espaço facilitador de expressão ". (2)

 

Sinopse para o profissional :

  • O que trouxe a pessoa a vir aqui hoje, fazer seu teste ?
  • Como dar-lhe tempo e meios para se decidir sobre o teste ?
  • Como ajudá-la a antecipar os resultados ?
  • Esta pessoa demonstra um alto grau de ansiedade ?
  • A pessoa está pronta para enfrentar o teste e seu resultado ?
  • A pessoa está pronta para adotar um plano de redução de riscos e tem como fazê-lo ( plano de acordo com a realidade de sua vida : situação e pessoas en torno dela) ?
  • Como manter-me em uma escuta facilitadora na qual a pessoa toma suas decisões por ela-mesma ?
  • O que aceito aderir ou não, nas teorias de redução de riscos ou de redução de danos ?


Bibliografia :

(1) - ONUSIDA (2003). Conseil et test volontaires. Une voie d'accès à la prévention et aux soins. ONUSIDA, Coll. Meilleures pratiques. 1.03 Mo
et ONUSIDA (2002). Conseil et test volontaires. Actualisation, septembre 2000. ONUSIDA, Coll. Meilleures pratiques. 338 Ko

(2) - Tourette-Turgis C. (1996). Le counseling. PUF, Coll. Que Sais-je ? (pp. 71-73).

 
     
     
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