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Aconselhamento
-Definição
-Histórico
-Campos de aplicação
-Aconselhamento de grupo

Atitudes
-Escuta
-Aceitação
-Ausência de julgamento
-Empatia
-Congruência


Tecnicas
-Questão aberta
-Reformulação dos conteúdos
-Reformulação das emoções
-Esclarecimento
-Focalização
-Confrontação
-Os silêncios
-Técnica do reflexo


Estratégias
-Tomada de decisão
-Gestão de crise
-Resolução de problema
Bases do aconselhamento
A escuta  

 

A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensivel e atento a este.

Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções exprimidas.

O que é a escuta ?

A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o cliente. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o diagnóstico em certos métodos psicológicos tradicionais.


Os níveis de escuta :

1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o terapeuta fica em posição « de escutar uma história ».

2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma « atenção flutuante », concerne não somente o que é dito mas também o que existe « além das palavras ». O terapeuta fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo paciente.

3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, as suas próprias emoções, as suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o terapeuta pode utilizá-los como uma espécie de « caixa de ressonância » do desenvolvimento da relação.

Perguntas que o profissional pode se fazer :

  • Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?
  • Porquê sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?
  • Até onde eu posso escutar alquém mantendo-me neutro ?
Reflexões :
  • Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.
  • As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

 
     
     
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